Dourados, 18 de Julho de 2025

Prefeitas expostas por empregar pessoas envolvidas com violência contra mulher
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As prefeitas Adriane Lopes (PP), de Campo Grande, e Rosária Lucca Andrade (PSDB), de Mundo Novo, foram alvo de críticas nos últimos dias por darem emprego a homens envolvidos em casos de violência contra mulheres. No interior, o caso foi emblemático por envolver o mandante da morte da prefeita Dorcelina Folador (PT), o ex-secretário municipal de Agricultura Jusmar Martins da Silva.

Na Capital, o ex-candidato a vereador de Campo Grande e assessor-chefe da Secretaria Municipal Especial de Articulação Regional, Luís Enrique Nascimento Ojeda, 35 anos, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça por quebrar medida protetiva e perseguir uma jovem de 27 anos. Ele foi preso em flagrante na madrugada da última quarta-feira (5) dentro da Casa da Mulher Brasileira.

Conforme o decreto da prefeita Adriane e da secretária municipal de Administração e Inovação, Andréia Alves Ferreira Rocha, Luís Ojeda foi nomeado como assessor-chefe na Secretaria Municipal de Articulação Regional, comandada por Darci Caldo. A nomeação ocorreu no dia 12 de fevereiro deste ano com data retroativa ao dia 3 do mês passado.

A juíza ressaltou que o assessor-chefe da prefeitura descumpriu medida protetiva e ainda perseguiu a vítima dentro da Casa da Mulher Brasileira, um espaço criado para dar proteção às vítimas de violência doméstica.

Em Mundo Novo, a prefeita Rosária Lucca Andrade nomeou Jusmar Martins da Silva como fiscal da Vigilância Sanitária da cidade. O ex-secretário municipal de Agricultura foi condenado a 18 anos por ter sido considerado o mandante da morte da prefeita Dorcelina Folador, em outubro de 1999.

Dorcelina assumiu a prefeitura de Mundo Novo em janeiro de 1997, mas o mandato terminou de forma trágica em 30 de outubro de 1999. Ela foi morta a tiros na varanda de casa, aos 36 anos. O assassinato foi encomendado por Jusmar e cometido pelo pistoleiro Getúlio Machado, que confessou o crime, dizendo que receberia R$ 35 mil pelo homicídio.

O crime completou 25 anos em outubro do ano passado. Meses depois, em fevereiro de 2025, Jusmar Martins da Silva foi nomeado como fiscal da Vigilância Sanitária pela prefeita Rosária. O contrato começou a valer no dia 17 e terminaria em 30 de novembro deste ano.

Filha mais velha de Dorcelina, Jéssica Winnye Folador, 34 anos, disse que o mandante do assassinato de sua mãe, ao retornar ao Paço Municipal, estava “pisando na memória dela”.

“Não desejamos o mal a ele, mas quando insiste em voltar ao mesmo lugar e trabalhar como se nada tivesse acontecido, está mais uma vez matando minha mãe e pisando na memória dela”, declarou Jéssica ao Campo Grande News, em reportagem publicada no domingo (9).

No sábado, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a prefeita de Mundo Novo divulgou que Jusmar Martins da Silva pediu exoneração do cargo de fiscal da Vigilância Sanitária da cidade.

A prefeita Rosária explicou que a contratação de Jusmar e de outros 123 servidores foi rescindida por força de uma decisão judicial no final do ano passado, resultado de uma ação iniciada em 2019. Para garantir a continuidade dos serviços públicos essenciais, um acordo foi firmado com o Judiciário e o Ministério Público permitindo a recontratação desses profissionais até a realização de um concurso público previsto para este ano.

Diante da repercussão negativa, porém, Jusmar solicitou sua exoneração do cargo.

Em Campo Grande, a prefeita Adriane Lopes exonerou Luís Enrique Nascimento Ojeda em decreto publicado em 7 de março.

Fonte: O Jacaré

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